O FUTURO PERTENCE À BICAchair
21/11/2022 | Press
Apesar da sua origem não ser muito clara, um do ponto mais interessante do artigo é quando o futuro da cadeira é abordado, e como poderá ler, claramente pertence à BICAchair, uma marca que leva este ícone de design do exterior para os espaços de interior, com acabamentos personalizados e uma qualidade nunca antes vista, tornando-a assim, numa peça internacional colecionável.
E QUANTO AO
FUTURO DA CADEIRA?
Se o passado da cadeira portuguese está associado às esplanadas, o futuro será trazê-la para espaços interiores. É esta a visão de Alexandre Caldas, fundador da BICAchair, responsável que conta com uma longa ligação a uma das empresas que produz esta peça, uma vez que é filho de Manuel Caldas. Mas isso não o impediu de ter outros planos para o futuro da cadeira.
«Quando saí da empresa, por uma questão de ética comercial, afastei-me do mercado desta cadeira, mas não da ideia de a valorizar. Fui acompanhando o seu percurso, não como protagonista, mas apenas como observador. A abordagem continuava a mesma, a cadeira tinha estagnado (tirando algumas iniciativas pontuais de intervenção, que não se traduziram em nada com continuidade)», recorda o responsável.
Em 2013 conseguiu encontrar uma outra forma de exprimir a sua visão para este modelo, com a criação da Portuguese Roots Chair. «Este projecto permitiu colocar a cadeira no mundo dos interiores de luxo e com ele levar a história dos grandes artesãos portugueses. Mas também aguçar a curiosidade para saberem mais sobre o modelo original», recorda Alexandre Caldas a propósito desta reinterpretação da clássica cadeira portuguesa, desta vez com madeira e cortiça, que obteve várias distinções internacionais.
No seguimento da criação desta cadeira, fundaria, juntamente com Soraia Rangel, a AROUNDtheTREE, uma empresa familiar com o objectivo de desenhar histórias para o futuro, recorrendo a matérias-primas alternativas, e que se diferenciasse (para além do design) pelo factor sustentável.
No seguimento da criação desta cadeira, fundaria, juntamente com Soraia Rangel, a AROUNDtheTREE, uma empresa familiar com o objectivo de desenhar histórias para o futuro, recorrendo a matérias-primas alternativas, e que se diferenciasse (para além do design) pelo factor sustentável.
Há vários anos que marcava presença em feiras e eventos de mobiliário e design pelo mundo e sentiu que, em 2019, era altura de uma mudança, fazendo com que esta cadeira saísse das esplanadas e conquistasse o espaço interior. Nascia assim, em Março de 2020, o rebranding da BICAchair, marca que preza a produção artesanal e materiais de alta qualidade. Conta com cinco colecções (Gents, Cork, Classic, Delight e Inborn) e aposta numa comunicação focada em lifestyle.
Uma das principais colecções é a Gents, dotada de materiais premium que permitem apontar a segmentos superiores. «A linha Gents foi uma aposta pessoal, pois sou apaixonado por motas e carros clássicos e a cadeira é também um clássico por si só. Sentimos que o público encarava esta cadeira como a cadeira de esplanada e nem a via de outra forma. Esta abordagem quis quebrar de vez com esta ideia e assumir que é uma peça de design capaz de rivalizar com qualquer outra no interior dos nossos espaços», conta Alexandre Caldas.
Actualmente, as linhas Gents e Classic representam uma maior percentagem das vendas da empresa. Os principais clientes da marca são internacionais, tendo já levado os seus produtos a casas, restaurantes e hotéis em locais como Estados Unidos da America, Hong Kong, França, Suécia, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Espanha, Itália, Dubai e, claro, Portugal.
Relativamente a objectivos, Alexandre Caldas explica que pretende aumentar o reconhecimento dos projectos lançados, nomeadamente a BICAlounge (que recebeu a Medalha de Bronze nos A’Design Awards), que permitirá chegar a novos segmentos.
Materiais portugueses,
sempre que possível
A BICAchair nasceu com a premissa de apostar na produção local, mas com foco nos mercados internacionais. Alexandre Caldas explica que os padrões de qualidade determinam, muitas vezes, a origem das matérias-primas. Assim, apesar de a transformação ser feita em Portugal, a empresa tem de recorrer, no caso de alguns tecidos, acabamentos e contraplacados, a outros países. «Um exemplo são os óleos para as madeiras feitos a partir de fruta e frutos secos, que vêm da Alemanha, uma vez que não os conseguimos encontrar em Portugal. O tipo de poliéster para acabamento também vem de fora, mas, se conseguirmos encontrar a mesma qualidade em Portugal, dar-lhe-emos prioridade», diz.
– Escrito por Rafael Paiva Reis